< CBN Informática >
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17/09/1994
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<Shareware> |
Antigamente, nos tempos do pioneirismo micreiro, quase não havia programas. Cada micreiro fazia os seus e trocava com os colegas. Depois, as coisas mudaram e apareceram os programas comerciais. Enquanto os computadores se tornavam cada vez mais baratos, os programas ficavam cada vez mais caros. Mas nem tudo está perdido. Ainda existem programadores independentes que continuam desenvolvendo seus programas. Alguns até muito bons. O problema é que eles não têm capital para as caras embalagens e manuais exuberantes. Nem têm acesso às redes de lojas que comercializam os programas. Mas encontraram uma forma alternativa de colocá-los à disposição do público. Chama-se shareware e é um conceito interessante. "Share", em inglês, quer dizer "compartilhar". Então, shareware significa mais ou menos "programa compartilhado". A coisa funciona assim: o cara desenvolve o programa e o coloca à disposição do público. Quem quiser pode usar, copiar e distribuir. De graça. Todo BBS está cheio de programas shareware. Se você não gostou do programa, tudo bem: remova do disco e siga em frente. Mas se gostou e pretende continuar usando, o autor pede que você mande uma contribuição. Nunca é muita coisa. Em geral de dez a trinta dólares. E como alguns programas shareware são excelentes, o negócio é uma pechincha. Tudo funciona muito bem. Só tem um inconveniente: os espertos. Esperto é aquele cara que gosta de levar vantagem em tudo: pega o programa shareware, gosta, usa e não paga. Evidentemente, se todos agirem assim, os programadores não terão incentivo para continuar a distribuir seus programas de graça e todos serão prejudicados Inclusive os espertos. B. Piropo |