< CBN Informática >
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15/09/1994
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<Touch Screen> |
Pode ser que eu esteja enganado, mas acredito que o principal fator a deter a disseminação dos computadores é o teclado. Pense bem: é uma forma muito pouco amistosa de entrada de dados. Difícil, complicada, requer treinamento e prática, uma chateação. É por isso que a indústria faz tanto esforço para inventar uma forma diferente. Reconhecimento de voz, light pen, reconhecimento de caracteres, o diabo. Até o mouse, simplezinho, já é uma grande ajuda. Pois há uma forma alternativa de entrada de dados relativamente antiga, simples e prática, que está começando a se espalhar agora, com o advento da multimidia: as telas sensíveis ao toque, ou touch-screen. Você já deve ter visto alguma por aí. Estão se tornando comuns nos bancos vinte e quatro horas e nos quiosques de informações. Nos Estados Unidos se espalham pelos bares e restaurantes de beira de estrada para dar informações turísticas. Parece uma tela comum, de computador ou de televisão. E exibe desenhos ou textos. Você encosta o dedo em um deles, e aparece uma nova tela com mais desenhos e textos, fornecendo informações sobre alguma coisa. A técnica é simples: ou a tela é coberta por uma película transparente sensível ao toque, que registra o local onde você encostou o dedo e passa a informação para o computador, ou existe uma grade de feixes luminosos que se cruzam na frente da tela. Quando você encosta o dedo, alguns desses feixes são interceptados e um conjunto de células fotoelétricas registra o ponto onde você tocou. De uma forma ou de outra, a tela sensível ao toque é um achado. Talvez o meio mais simples de colocar o computador ao alcance dos leigos. Uma forma bastante eficaz de disseminar a informática. B. Piropo |