< CBN Informática >
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xx/xx/1994
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<Som e fúria> |
Antigamente os micros eram animais silenciosos. No máximo se ouvia um bip ou outro, a assim mesmo quando o usuário fazia alguma bobagem. O bip era o aviso de erro e muitos principiantes desligavam o alto-falante para evitar que os colegas de escritório percebessem suas mancadas. Depois vieram as placas de som e com elas, um mundo de possibilidades. Mas como é que esse negócio funciona? Uma placa de som é um circuito eletrônico que se liga ao micro e aos alto-falantes das caixas de som. Algumas podem receber também um microfone. Quando você fala junto ao microfone, sua voz faz o ar vibrar. Essas vibrações são captadas pelo microfone e transformadas em impulsos elétricos que são enviados à placa de som. Os circuitos eletrônicos da placa de som analisam esses impulsos elétricos e "digitalizam" o som. Digitalizar é uma palavra complicada, mas quer dizer algo muito simples: transformar os impulsos elétricos em bytes que codificam as principais características do som: freqüência, intensidade e duração. Esses bytes podem ser gravados em um disco rígido ou disquete como um arquivo de dados qualquer. Quando você quer ouvir o som, usa um programa que lê esse arquivo e o envia à placa de som. A placa recebe o arquivo e transforma os bytes de volta nos impulsos elétricos, que são enviados aos alto-falantes. E os alto-falantes os transformam de novo em som. Placas de som têm algumas utilidades interessantes. Mas a principal delas é ligada aos famosos joguinhos de computador. Que agora ficaram barulhentos. E, parodiando Shakespeare, são capazes de transformar seu micro em uma máquina cheia de som e fúria. Que, lamentavelmente, não significam nada. B. Piropo |