< CBN Informática >
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xx/xx/1994
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<Piratas> |
Antigamente os piratas usavam tapa-olho, tinham um gancho no lugar da mão e caras ferocíssimas. Hoje, têm os dois olhos bem abertos, usam um teclado nas mãos e alguns são até muito simpáticos. Mas ambos praticam uma atividade ilegal. Os modernos pirateiam programas de computadores. Acontece que o conceito de pirataria varia conforme quem define. Para quem vende, pirata é todo aquele que copia um programa, seja lá qual for a razão. Algumas softhouses chegam ao requinte de achar que se você tem dois micros, para usar o mesmo programa nos dois você tem que comprar dois exemplares. Outras, são mais realistas: acham que se você comprou um programa, tem direito de instalar quantas cópias quiser. Desde que jamais use duas delas ao mesmo tempo. O que é mais sensato e resolve o problema de quem tem um micro de mesa e um portátil. Já os usuários, como era de esperar, têm um conceito diferente. Alguns acham que copiar um programa só para experimentar não é pirataria. Só passa a ser pirata quem experimentou, gostou e continuou usando sem comprar sua cópia. Outros são ainda mais elásticos: acham que só é pirata quem copia e usa o programa para fins comerciais. Eu tenho minha opinião sobre o assunto. Mas não vou dá-la aqui que não sou besta e macaco velho não mete a mão em cumbuca. Mas tem uma coisa que posso afirmar sem receio: Fora as exceções de praxe, ninguém gosta de ser pirata. Todo usuário que se preza tem orgulho de mostrar o pacote original do software, com caixa, disco e manual. O problema é o preço, que nem todos podem pagar. Então, se as softhouses desejam erradicar a pirataria, vou dar a receita. Basta fazer bons programas, com suporte técnico eficaz, manuais inteligíveis e vendê-los por um preço decente Assim, elas acabam logo logo com os piratas. B. Piropo |