< CBN Informática >
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xx/xx/1994
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<Micro em Avião> |
Ultimamente as companhias aéreas acrescentaram mais uma frase àquela ladainha das aeromoças antes da decolagem: Depois do "Senhores passageiros, afivelem os cintos, não fumem, blá blá blá blá blá..." vem algo parecido com "não usem aparelhos eletrônicos quinze minutos depois da decolagem ou antes do pouso". Quer dizer: num vôo Rio-São Paulo, sobraram só os quinze minutos do meio para jogar paciência no notebook. Parece exagero? Pode ser. Mas o negócio é que os circuitos dos notebooks - e de quase todos os aparelhos eletrônicos portáteis, até os inocentes walk man - funcionam como antenas transmissoras de sinais em rádio-freqüência. E fazem uma bagunça danada no espaço em volta deles. Parece bobagem, mas é verdade. Eu mesmo tinha um micro que punha em polvorosa os telefones sem fio da vizinhança. Tive que vender o bicho antes que os vizinhos descobrissem de onde vinha a interferência. Quando você usa o micro em casa, o pior que pode acontecer é interferir no telefone ou na televisão do vizinho na hora da novela. Mas os aviões modernos são quase que inteiramente controlados por circuitos eletrônicos. Que, dizem as companhias aéreas, podem endoidar quando recebem a interferência de seu micro. Por isso a proibição. Que é um negócio muito chato para quem precisa rever aquele relatório no avião antes da reunião de trabalho. Mas, afirmam eles, tem que ser assim. É uma questão se segurança. Se é exagero ou não, eu não sei. Mas, seja como for, desde então passei a olhar com muito mais respeito para meu notebook. Aquele bichinho de aparência tão inofensiva, quem diria, pode derrubar um Boeing... B. Piropo |