< Mulher de Hoje >
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12/1992
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< (sem título) > |
Pois não é que nossa conversa virou diálogo? Começaram as cartas, afinal, e começaram bem: pela da Virginia Domingues, que combina algumas raras qualidades: é estudante, sogra (conheço muitas de cada uma, mas poucas que acumulam) e quer comprar um micro. Para o que pede ajuda. Pois bem, Virginia, vamos lá. Antes, porém, uma inevitável ressalva: micro é como time de futebol. Tem torcida. E é impossível contentar a todas. Portanto, muita gente vai discordar veementemente do que você vai ler aqui. Paciência: eu uso PC. E por uma razão simples: é a linha de micros mais flexível que conheço. E a que tem mais programas. Pois na realidade, descontando-se os velhos Apple e MSX, já fora de linha, sua escolha estará limitada a três tipos básicos de micros pessoais: Amiga, Macintosh e PC. Os três, muito bons. Mas cada um com suas características: o Mac é uma soberba ferramenta para tudo que se refere a artes gráficas: desenhos, figuras, mapas, editoração em geral. E, dizem, é o que exige do usuário menor grau de conhecimento especializado. Mas é muito caro. E seus programas são raros e, também, caros. Já o Amiga é mais barato. E consta que após seu lançamento no Brasil, esperado para breve, custará mesmo menos que um PC. É uma excelente ferramenta para animação e tudo o mais que se referir a som e vídeo. Porém, no mais, tem algumas limitações. E falta-lhe a flexibilidade do PC. Explico: flexível é um micro que se presta a todo tipo de uso. E com os devidos acessórios, periféricos e demais penduricalhos, pode-se usar um PC para escrever, desenhar, jogar, tocar música, editar animações em vídeo e o que mais a imaginação mandar. Às vezes sai caro, dependendo do grau de sofisticação desejado, mas sempre é possível. E nunca é demais lembrar que os periféricos e acessórios podem ser comprados e agregados mais tarde, quando o tempo e a grana permitirem. E, sem dúvida, os micros da linha PC são os que oferecem maior diversidade de periféricos. Já quanto aos programas, não há o que discutir: eles são a alma do micro. De nada serve ter a melhor máquina do mundo, capaz de maravilhas, se não se tem acesso aos programas que fazem as tais maravilhas. E, sem margem de dúvida, a linha PC é a que dispõe de maior número de programas. Inclusive e principalmente no Brasil. Portanto (mas sempre lembrando a ressalva lá de cima) sugiro um PC. Mas calma, Virginia, não vá correndo comprar seu PC. Espere ao menos pela próxima coluna: ainda falta discutir o tipo. Pois, justamente por sua flexibilidade, a linha PC é a que oferece mais opções. Que variam desde menos de US$500 por um velho e obsoleto XT até os muitos milhares de dólares de um reluzente 486. E que serão discutidas mês que vem...
B. Piropo |