Micro Cosmo
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23/09/96
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< Discos Rígidos V: O Particionamento > |
Instalado o drive no gabinete, o próximo passo é particioná-lo. Se você não sabe o que é isto, vasculhe sua coleção de MicroCosmo (ou vá correndo buscá-la no GOL) e releia as colunas publicadas de 14 de agosto a 25 de setembro de 95, que destrincham o assunto em detalhe. Mas, resumidamente: partições são subdivisões de nossos discos rígidos que o sistema operacional “enxerga” como drives independentes. Foram concebidas para permitir o uso de mais de um sistema operacional no mesmo micro. Há partições principais e estendidas, e cada disco pode conter um máximo de quatro partições, das quais apenas uma pode ser estendida. Uma partição estendida pode ser subdividida em diversas unidades lógicas que, à exemplo das partições principais, se comportam como drives independentes. Por isto, cada unidade lógica recebe uma “letra” (ou designador) diferente. Já todas as partições principais recebem o mesmo designador (no primeiro disco rígido, obrigatoriamente a letra C), logo não podem ser acessadas ao mesmo tempo. Uma unidade somente pode ser acessada se estiver “ativa”. Os drives lógicos criados em uma partição estendida estão permanentemente ativos, porém apenas uma partição principal pode estar ativa de cada vez (no caso do primeiro disco rígido, ela será “enxergada” como drive C e dela será dado o boot). O particionamento é feito por um programa. Cada sistema operacional usa o seu. Os do OS/2 e do Windows NT permitem que sejam criadas até três partições principais e uma estendida, enquanto os do DOS e do Windows 95 somente permitem que seja criada uma principal e uma estendida. O curioso é que, embora sejam programas diferentes, geralmente usam o mesmo nome: Fdisk. Assim, não importa se você está usando o DOS, Windows 95 ou o OS/2, seu disco será particionado com o Fdisk. Se toda esta história de partições e unidades lógicas lhe parece muito complicada, esqueça. Tudo o que você precisa saber é que a primeira coisa a fazer depois de instalar o drive no gabinete é particioná-lo. Como semana que vem vamos examinar passo a passo o procedimento a usar nos casos mais comuns, basta seguir a receita. Porém, neste ponto, cabe uma advertência capital. Negócio seguinte: do ponto de vista dos dados, o particionamento é um procedimento essencialmente destrutivo que deita a perder todo o conteúdo do disco. Portanto, se na máquina já existe um disco rígido e você está instalando um novo, assegure-se que o particionamento será executado no disco novo. Se você particionar um disco que contém informações, despeça-se delas para sempre, pois eu não conheço meios de recuperar os dados de um HD particionado por engano. Então, ao particionar um disco, a primeira coisa a fazer é assegurar-se que o particionamento será feito sobre o disco certo. O Fdisk numera os discos seqüencialmente começando em um (e não em zero, como seria de esperar). Assim, para o Fdisk, o disco master da controladora primária assume o número um e o slave o número dois. A primeira coisa a fazer tão logo se carrega o Fdisk é verificar se a “unidade de disco atual” corresponde mesmo ao disco que se deseja particionar. E, se não corresponder, mudar imediatamente. Semana que vem veremos como. B. Piropo |