Micro Cosmo
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19/06/95
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< Parâmetros e Modificadores > |
Como vimos semana passada, há formas diferentes de formatar um disco.
O que nos leva a uma questão crucial: se, para formatar, usamos apenas
o comando FORMAT, como o sistema operacional, o responsável pela execução
dos comandos, sabe de qual das diferentes maneiras desejamos que o
disco seja formatado?
A resposta é simples: usando parâmetros (“parameters”) ou modificadores (“switches”) que sucedem ao nome do comando na linha de comando. Se você achou essa explicação complicada demais para seu gosto, fique frio: afinal, não apenas você já conhece o conceito de parâmetro como até já usou um. Se quer ter certeza, experimente: digite apenas o comando FORMAT na linha de comando e tecle ENTER. Tudo o que você consegue é uma mensagem do sistema operacional informando que falta um parâmetro. E que diabo pode estar faltando? Ora, o designador (a “letra”) do drive onde está o disco a ser formatado, que o sistema espera encontrar depois do nome do comando. Tanto os parâmetros quanto os modificadores aparecem na linha de comando após o nome do comando. A rigor, há uma diferença sutil entre eles: um parâmetro indica onde o comando vai agir (por exemplo, o drive onde está o disco a ser formatado) e um modificador indica a forma pela qual o comando será executado (por exemplo, o tipo de formatação). Tanto que há até uma forma de distingui-los: os parâmetros aparecem nus e crus, enquanto os modificadores são sempre precedidos de uma barra inclinada, o caractere “/”. Por exemplo: na linha de comando FORMAT A: /S /U “FORMAT” é o nome do comando, “A:” é um parâmetro e tanto “/S” como “/U” são modificadores (que mais tarde descobriremos para que servem). Note que eu estou usando sempre maiúsculas para comandos, parâmetros e modificadores apenas para destacá-los, mas os sistemas operacionais mais usados nos micros da linha PC, o DOS e o OS/2, os aceitam tanto em maiúsculas quanto minúsculas (por estranho que pareça, a linha de comando “fORmaT a: /S /u” fará exatamente o mesmo que aquela ali de cima), mas há sistemas operacionais, como o Unix, que distinguem entre elas. Outro ponto a considerar: para que o sistema operacional saiba onde acaba o nome do comando e onde começam os penduricalhos, deve haver, obrigatoriamente, pelo menos um espaço entre o nome do comando e o primeiro parâmetro (e entre todos os parâmetros, no caso de comandos que aceitam mais de um parâmetro), mas não é necessário (embora desejável por uma mera questão de clareza) que existam espaços entre o último parâmetro e o primeiro modificador ou entre os diversos modificadores, no caso dos comandos que aceitam mais de um (ou seja, o comando lá de cima funcionaria igualmente bem se digitado “FORMAT A:/S/U”). Mas como o sistema sabe de que forma o comando será executado quando você não acrescenta nenhum parâmetro ou modificador? Afinal, se um comando os aceita, ele poderá ser executado de diferentes maneiras. Qual delas o sistema escolhe quando você não informa a que deseja? Para esses casos, o sistema “escolhe” sempre a mesma, a chamada opção “default” (que vem do francês, se pronuncia “defôu” e não se costuma traduzir; default significa, justamente, a opção que o sistema ou o programa adota quando há diversas a escolher e o usuário não discriminou que deseja uma em particular). Em geral a opção default é a mais usada ou a mais segura. Por exemplo: no caso do comando DIR, ela lista todos os arquivos e subdiretórios do drive corrente, um nome abaixo do outro, seguidos da extensão, tamanho do arquivo em bytes, data e hora da criação ou última modificação. Agora experimente digitar o mesmo comando seguido do modificador /W, assim: DIR /W e veja o conteúdo do diretório (apenas os nomes de arquivos e diretórios, nesse último caso entre colchetes) ser exibido de maneira totalmente diferente. A primeira é a default, a que o sistema escolhe quando você não informa que quer outra. Alguns comandos, embora aceitem parâmetros e modificadores, funcionam muito bem sem eles através de sua opção default. Um exemplo que já conhecemos é o comando DIR. Digitado assim, puro, na linha de comando, ele atua no diretório corrente (que é, portanto, o parâmetro default). Mas se você acrescentar um parâmetro, digitando por exemplo “DIR A:”, ele exibirá o conteúdo do disquete que está no drive A (tenha certeza que lá há um disco antes de digitar o comando, senão tudo o que você consegue é uma mensagem de erro). Já outros comandos exigem pelo menos um parâmetro. Em alguns casos é uma mera questão de lógica. Por exemplo: o comando COPY, usado para copiar arquivos, exige necessariamente pelo menos o nome do arquivo a ser copiado. Senão, como saber o que copiar? Já em outros casos, é uma questão de segurança. Você já imaginou o que aconteceria se nosso conhecido comando FORMAT aceitasse como parâmetro default o drive corrente? Bastava digitá-lo sem parâmetros da linha de comando no prompt de seu drive C para que ele se pusesse, diligentemente, a formatar seu disco rígido. Que desgraça, heim? Pois acredite ou não, nas primeiras versões do DOS era exatamente isso que ele fazia. Nas mais recentes, por segurança, não há parâmetro default (embora haja, como veremos, modificadores default) para o comando FORMAT: o designador do drive é sempre exigido para evitar que se formate inadvertidamente o disco errado. Pois bem, agora que sabemos o que são parâmetros e modificadores, veremos quais são os aceitos pelo comando FORMAT. B. Piropo |