Lembra daquele disco virgem que formatamos semana passada? Pois
para comparar o que acontece quando se formata um disco virgem e
quando se faz o mesmo com um disco já formatado, vamos formatá-lo
novamente. Mas a experiência ficará mais interessante se ele contiver
um ou dois arquivos - e ele está vazio, já que acabamos de formatá-lo
(você ainda não o usou para gravar arquivos, pois não? Se usou,
formate outro disco virgem para nossa experiência). Então, vamos
gravar dois arquivos em nosso disco. Coloque-o no drive A, passe
para o diretório raiz do drive C e, respeitando os espaços em branco,
digite o comando:
COPY
AUTOEXEC.BAT A:TESTE1.TXT
e
tecle Enter. O sistema vai responder que um arquivo foi copiado.
Agora, digite:
COPY
CONFIG.SYS A:TESTE2.TXT
tecle
Enter e veja a informação que mais um arquivo foi copiado (se o
disquete não couber no drive A, coloque-o no B e substitua o A:
da linha de comando por B:). Pronto: o que você fez foi copiar para
o disquete dois arquivos do drive C (se você não sabe porque tenho
tanta certeza que estes arquivos existem no drive C, continue acompanhando
esse MicroCosmo que um dia chegaremos lá) e mudar seus nomes para
Teste1.Txt e Teste2.Txt para lembrar que no disquete eles servem
apenas para nosso teste, não são importantes e podem ser apagados
mais tarde.
Pronto.
Se quiser ter certeza que os arquivos foram copiados, comande DIR
A: (ou DIR B:, dependendo do drive onde o disco estiver) e veja
seus nomes serem listados.
Agora
que você tem no drive um disco formatado que contém apenas dois
arquivos, comande FORMAT A: (ou B:, com cuidado para não errar a
letra e formatar o disco do drive errado) e tecle Enter.
Repare:
como no caso do disco virgem, o sistema emitiu a mensagem pedindo
para introduzir o disco no drive e teclar Enter. Depois que você
atendeu à solicitação, aparece nova mensagem avisando que o sistema
está verificando a formatação existente. Até aqui, ao que parece,
tudo segue igual. Mas atenção: agora estamos formatando um disco
já formatado antes, não um disco virgem como semana passada. E o
sistema descobre isso justamente ao verificar o formato existente.
Você percebe que algo mudou pela próxima mensagem, onde o sistema
avisa que está salvando informações do UNFORMAT, assim mesmo, em
maiúsculas. E, também pela seguinte, que ao invés de informar que
está “formatando” um disco de uma certa capacidade, informa que
está “verificando” o disco.
No
mais, tudo parece correr igual: ouve-se o mesmo ruído ritmado enquanto
a cabeça magnética executa seu trabalho e a porcentagem da tarefa
executada vai sendo atualizada na tela (porém mais rapidamente que
no caso dos discos virgens). Ao final, aparece a mesma mensagem
de formatação completa, a mesma solicitação de um nome para o disco
e as mesmas informações sobre espaço livre e disponível, tamanho
e número das unidades de alocação e número de série. E a mesma indagação
sobre sua intenção de formatar ou não outro disco. Tudo muito semelhante
á formatação de um disco virgem: a diferença mais evidente foi a
mensagem avisando que as informações do Unformat foram salvas. Parece
pouco, mas faz uma diferença danada.
Veja
lá: em nosso disco havia dois arquivos. Agora, depois da formatação,
comande novamente DIR e repare: o sistema informa que não encontrou
arquivo algum. Nossos arquivos, portanto, sumiram sem aviso e, aparentemente,
sem deixar sequer um único vestígio (no caso de discos rígidos,
onde o prejuízo é potencialmente muito maior, o sistema é mais misericordioso:
antes de iniciar a formatação, informa que todo o conteúdo do disco
será perdido e pede confirmação para prosseguir; no caso de disquetes,
vai na marra mesmo, sem aviso nem piedade). A formatação remove
todos os arquivos que o disco continha e, aparentemente, deixa-o
como um livro em branco, pronto para receber novas informações.
E
os arquivos? O que aconteceu com eles?
Bem,
até a versão 5.0 do DOS, lançada em 1991, depois de uma formatação
teriam ido irremediavelmente para o limbo: estavam irremediavelmente
perdidos e o sistema nada podia fazer para recuperá-los. Quem formatava
por engano um disco que continha informações importantes, pouco
podia fazer além de sentar no meio-fio e chorar.
Mas,
da versão 5.0 em diante, felizmente, as coisas mudaram. Como veremos
semana que vem.
B.
Piropo